Filho
de um pai escultor e de uma mãe pintora, Alexander Calder nasceu nos Estados Unidos da América, em Lawnton, naPensilvânia, quando criança Alexander Calder
fazia seus próprios brinquedos[1] . Em 1902 com apenas quatro
anos de idade ele esculpiu uma estátua de um elefante feito de argila, no que
hoje é o local do Metropolitan
Museum of Art, em New York[2] . Formou-se em engenharia
mecânica[3]
Calder
tinha uma irmã mais velha, Margaret "Peggy" Calder nasceu em 1896,
seu nome de casada era Margaret Calder Hayes, ela foi fundamental para o
desenvolvimento da UC Berkeley Art Museum[4] .
Antes
de se dedicar à escultura ele foi pintor e ilustrador, em 1923 ele também passou a
estudar em Nova Iorque, no Art
Students League, tendo concluido o curso em 1926.
Em
1926, após visitar a Grã-Bretanha, fixou-se em Paris,
onde conheceu os surrealistas, os dadaístas e os componentes do grupo De Stijl[5] . Data dessa época sua amizade
com Joan Miró. Em Paris,
Alexander apresentou um conjunto de esculturas em madeira. Construiu um circo
em miniatura, com animais de madeira e arame. Os seus “espetáculos” eram
assistidos por artistas e intelectuais. Fez, também em arame, as suas primeiras
esculturas: Josephine Baker (1926), Romulu
and Remus(1928), Spring (1929)[5] . A escala e dimensão destas
esculturas varia bastante, podendo chegar aos cinco metros, como é o caso do
mobile executado para o Aeroporto
JFK, em Nova Iorque[1] .
De 1931 datam
as suas primeiras construções abstratas, nitidamente influenciadas por Mondrian, nesse mesmo ano Calder em uma de
suas viagens conheceu Louisa James, sobrinha-neta do escritor Henry James, com quem se casou[5] . Os primeiros móbiles são de 1932.
Em 1933 Calder
voltou aos Estados Unidos.
Em 1948 viajou à América do Sul e novamente em 1959.
Nessa última ocasião, visitou o Brasil, onde expôs no Museu de Arte de
São Paulo. Em 1950 foi à Escandinávia[6] .
Calder
ocupa lugar especial entre os escultores modernos. Criador dos stabiles,
sólidas esculturas fixas, e dos móbiles, placas e discos metálicos unidos entre
si por fios que se agitam tocados pelo vento, assumindo as formas mais
imprevistas – a sua arte, no dizer de Marcel Duchamp, “é a sublimação de uma árvore
ao vento”[1] .
Calder
foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a
criar uma nova forma – o mobile. Nos últimos anos mantinha um estúdio em Saché, perto de Tours e
embora vivesse aí a maior parte do tempo, conservou sua fazenda de Roxbury, Connecticut, comprada em 1933,
e que se tornara um verdadeiro repositório de trabalhos e objetos feitos por
ele – desde os andirons espiralados da lareira rústica até às bandejas feitas
com latas de azeite italiano[5] .
Em
1952, Calder representou os Estados Unidos na Bienal de Veneza e foi premiado com o
prêmio principal para a escultura. Ele também ganhou o Primeiro Prémio de
Escultura na Pittsburgh International de 1958[7] .
Dois
meses após sua morte em novembro de 1976,
Calder foi condecorado com a Medalha
Presidencial da Liberdade, atribuída pelo presidente Gerald Ford, no entanto sua família acabou
boicotando a cerimônia em 10 de janeiro de 1977,
a favor da anistia da Guerra do Vietnã.